Uma proposta aprovada hoje por uma comissão especial da Câmara retoma a obrigatoriedade do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista. O texto ainda precisa da aprovação do plenário da Câmara para depois ser remetido ao Senado. Ao contrário do que julgou o Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado, a proposta votada pelos deputados diz que a exigência de diploma não viola os princípios da liberdade de pensamento e de informação jornalística. A aprovação do texto é uma reação ao julgamento do STF, que desregulamentou a profissão.
Em 2009, os ministros do STF julgaram, por 9 votos a 1, ser inconstitucional a exigência do diploma e registro profissional no Ministério do Trabalho para o exercício da profissão de jornalista. A exigência do diploma estava expressa num decreto-lei que entrou em vigor durante a ditadura militar (decreto-lei 972, de 1969). O texto votado pela Câmara coloca na Constituição a necessidade do diploma para o exercício da profissão. "A exigência de graduação em jornalismo e de registro do respectivo diploma nos órgãos competentes para o exercício da atividade profissional, em atendimento ao disposto no inciso XIII do art. 5º, não constitui restrição às liberdades de pensamento e de informação jornalística de que trata este artigo", determina a proposta de emenda à Constituição. O inciso XIII do art. 5º a que faz referência a proposta diz que "é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer". O relator do processo no Supremo, ministro Gilmar Mendes, afirmou, após aquele julgamento, que qualquer tentativa de retomar a obrigatoriedade do diploma de jornalista seria inconstitucional. "Não há possibilidade do Congresso regular isso, porque a matéria decorre de uma interpretação do texto constitucional. Não há solução para isso. Na verdade, esta é uma decisão que vai repercutir inclusive sobre outras profissões. Em verdade, a regra da profissão regulamentada é excepcional no mundo todo e também no modelo brasileiro", afirmou. O atual presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, disse naquele julgamento que o exercício da profissão de jornalista dispensa o diploma, pois não haveria "nenhum conjunto de verdades científicas cujo conhecimento seja indispensável para o exercício da profissão".
2 comentários:
Realmente é complicado.. claro que não podemos menosprezar aqueles que dedicam sua vida se graduando neste ramo, mas também, qual seria o foco de uma faculdade de jornalismo? É dificil dizer, pois é um assunto muito abrangente... belo post... faz-nos pensar!!
beijos
Lo
Bom dia amigo!! Que bacana, tenho muitas amigas que fazem pedagogia, é uma profissão muito bacana, admiro muito mesmo!
Pois eu estranhei isso tbm, estava pensando hoje de manha a respeito, pois a rede aqui é diferente, no space blog é mais pessoal, são temas mais casuais e aqui não, o negócio é mais sério! e realmente eu nãos ei onde ver quem passou pelo meu blog, como cadastra neste google anality? ele mostra uma relação dos visitantes, certo?!
beijos
boa sexta-feira!!
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