Veja como o texto que segue nos ajuda a entender a iportância de pensar sobre o processo de argumentação:
"Um método útil de refutação é em primeiro lugar a prolixidade da argumentação, pois é difícil abarcar de uma só vez muitos temas ao mesmo tempo, e, para conseguir esta prolixidade, cumpre recorrer aos elementos já anteriormente indicados. Outro método é a celeridade do discurso, dado que os que se deixam atrasar veem com menos clareza o que lhes é posto diamte. Também hà a ira e a paixão da controvérsia, pois sempre que nos pertubamos, somos menos hábeis na defesa. As regras elementares para provocar a ira consiste em se dizer abertamente a vontade de proceder na injustiça e sem vergonha. Outro método consiste em propor as interrogações alterando a respectiva ordem, quer haja vários argumentos tendentes à mesma conclusão, quer haja argumentos para demonstrar simultaneamente que algo é assim e não é assim, pois dai resulta que o opositor tem de se defender simultaneamente de vários argumentos, ou, até de seus contrários. Todos os métodos anteriormente descritos são de um modo geral úteis para ocultar o pensamento, e também para os argumentos contrários, uma vez que se oculta o pensamento com vistas a evitar que o opositor veja aonde queremos chegar, e não queremos que assim veja, para o enganarmos.
(Fonte: ORGANON VI: elementos sofísticos. São Paulo:1999. p. 108- 109.).
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