segunda-feira, 16 de agosto de 2010

TRABALHO E COOPERAÇÃO NA ORIGEM DO SER HUMANO

Texto produzido pela Unitrabalho para uso em atividades de formação do Programa Nacional de Economia Solidária.
Atividade: O que o solo nos dá

Ao longo da História, os homens criaram várias formas de sobrevivência de acordo com as suas necessidades e o meio em que viviam, até chegar ao estágio atual da nossa sociedade. Uma característica foi fundamental para a nossa sobrevivência: a cooperação.
O trabalho em cooperação desenvolveu o pensamento e a fala, permitindo a evolução cada vez maior do homem. Esse processo levou milhares de anos.O trabalho humano começa com a fabricação de instrumentos. Inicialmente os instrumentos eram feitos de ossos, pedra e madeira. Bem mais tarde foram descobertos os metais.
O ser humano sempre dependeu da companhia e da ajuda dos seus semelhantes para poder sobreviver. No início, o que era necessário para se viver, era conseguido principalmente através da coleta de frutos, raízes e da caça e pesca de animais, que era feita e partilhada por todos.O sucesso dos que faziam a caça dependia da inteligência e destreza manual, bem como da capacidade de trabalhar em conjunto e confiar uns nos outros.
Durante milhares de anos, os homens viveram como nômades, circulando pelos lugares em busca de alimento. Com a descoberta da agricultura alguns grupos puderam se fixar numa região e por lá permanecer, tendo condições de produzir mais alimentos, através da irrigação e de outras técnicas de plantio.
Texto produzido pela Unitrabalho para uso em atividades de formação do Programa Nacional de Economia Solidária.
Atividade: O que o solo nos dá
Objetivos
  • Identificar a constituição do solo.
  • Identificar alguns tipos de solo.

IntroduçãoO texto evidencia que, durante milhares de anos, os homens viveram como nômades, buscando alimento. Somente com a descoberta da agricultura, o ser humano fixou-se numa região, cultivando o solo para sua produção. Se avaliarmos as camadas de um terreno, identificamos, na parte mais profunda, uma rocha dura, ainda não decomposta – o subsolo – e uma camada mais superficial, na qual a rocha foi decomposta em areia e argila e contendo restos de seres vivos em decomposição, formando o húmus – esse é o solo propriamente dito. O solo permite o apoio e a fixação das raízes das plantas, que nele penetram para obter suporte para o peso de grandes árvores. Os grãos de argila do solo funcionam como uma esponja, que fica encharcada de água, que assim pode ser absorvida pelos vários pêlos da raiz da planta. A argila do terreno é capaz de guardar água para que as plantas a utilizem em períodos de seca. Os grãos de areia do solo deixam espaços que são cheios de ar. É isso que torna a terra fofa e permite que o oxigênio ali contido atravesse a fina parede dos pêlos das raízes. Dessa forma, quando um solo é encharcado, o oxigênio é substituído por água, levando à morte as plantas ali presentes. Os nutrientes são dissolvidos na água, que escorre pelo solo, formando o húmus quando da dissolução dos restos de seres vivos. Esses materiais nutritivos penetram o vegetal por meio de suas raízes e formam a seiva mineral, juntamente a água.
  1. Propor uma pesquisa em sala de aula sobre os principais tipos de solo (arenoso, argiloso, terra preta, terra roxa, massapé, laterítico) e sua indicação de uso.
  2. Peça aos alunos para identificarem o tipo de solo predominante na sua localidade e que proponham sua possível utilização.
  3. Para tanto, alguns locais específicos devem ser avaliados, como solos dos quintais ou terrenos próximos à sua casa e ao seu local de trabalho.
  4. Os alunos devem apresentar sua avaliação em uma tabela, elaborada com a ajuda do professor, e discutirem as aplicações sugeridas com o restante da turma, comparando-as com as aplicações que efetivamente são dadas a esses solos na localidade.

A escultura
Objetivos
  • Criação coletiva de uma escultura.

IntroduçãoComo o texto diz, o homem desde sempre precisou de outro homem para sobreviver, criar, trabalhar. A cooperação entre os homens contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento de habilidades e para a estruturação das diferentes organizações sociais. Do ponto de vista das artes, a contemporaneidade tem sido bastante marcada também pela valorização do pensamento e de temas geradores de obras criadas e desenvolvidas em processos coletivos.
  1. Após ler o texto a classe deverá eleger um tema de interesse comum.
  2. Escolhido o tema a classe deverá levantar ângulos sob os quais o tema possa ser analisado e discutido (biológico, físico, químico, estético, político, sensorial, etc.).
  3. A classe será dividida em grupos e cada grupo irá pesquisar o tema segundo um ângulo.
  4. Os resultados da pesquisa serão apresentados para a classe.
  5. Com base nas pesquisas a classe deverá planejar a criação de uma escultura coletiva sobre o tema escolhido. O planejamento deverá levar em conta o que se quer dizer ou provocar com a obra. Em função desses objetivos, a classe criará a imagem e determinará os materiais necessários para a criação da escultura.
  6. Execução da obra e criação de um título.
  7. Exposição em local de trânsito de pessoas na escola.
  8. Discussão final sobre o processo de criação e sobre a recepção da obra.

A agricultura e a sociedade sedentária
Objetivos
  • Levar o aluno a refletir sobre as condições de vida de nossos ancestrais no período conhecido como pré-história, seus hábitos, instrumentos fabricados e sua função.
  • Refletir sobre o papel que a agricultura desempenhou, não apenas na produção de alimentos em maiores quantidades, mas também na possibilidade de fixação do homem no espaço, deixando de se tornar sedentário.

IntroduçãoDurante a maior parte de nossa existência fomos nômades. O esgotamento dos alimentos fornecidos pela natureza num dado território, as dificuldades em enfrentar as adversidades climáticas durante as estações do ano, a hostilidade dos predadores do homem, dentre outros, compunham um ambiente de enormes dificuldades a serem enfrentadas. A prática da agricultura permitiu a sedentarização e o aproveitamento das qualidades da natureza favorável ao plantio possibilitou a produção em maiores quantidades. Quanto mais alimentos, maiores eram as chances de ampliação da população.
Realizar a leitura do texto em sala de aula.
  • Pedir que os alunos identifiquem quais foram os três materiais básicos utilizados inicialmente pelos grupos tribais na fabricação de instrumentos e quais os alimentos básicos que constituíam a dieta humana neste período.
  • Solicitar aos alunos que extraiam do texto uma indicação que mostre a inexistência de propriedade privada no período.
  • Pedir que os alunos apontem quais as duas características humanas básicas para o desenvolvimento da caça.
  • Explicar aos alunos que a prática da agricultura traz uma modificação fundamental na vida de nossos antepassados, pois ela permite a fixação do homem à terra, reduz nossa dependência dos alimentos in natura, possibilita criar estoques e realizar um maior controle sobre a oferta, permite, enfim, ampliar o contingente populacional. Explicar, também que a prática da agricultura possibilitou, inclusive, a criação das cidades, pois ela só passa a existir na história quando a produção no campo gera excedentes alimentares suficientes para liberar pessoas do trabalho rural.
  • Dividir a classe em grupos. Pedir que conversem entre si e escrevam uma lista dos principais benefícios que a prática da agricultura trouxe para o ser humano.
  • Depois realizar a leitura das listas, de maneira que cada grupo possa ir completando a sua lista com todas as idéias apresentadas.

Jogo das prioridades
Objetivos
  • Estimular a criatividade e a criação de textos.

IntroduçãoFazer a seguinte proposta a cada um de seus alunos: você agora é livre. O mais livre dos seres humanos. Mas precisa tomar decisões fundamentais para sua vida presente. Vamos ver como você decide?
  1. Ler o texto com os alunos. Suscitar situações imaginárias sobre o dia-a-dia de nossos ancestrais. Pedir que imaginem a origem da fala, das línguas, da escrita e comentar as várias teorias sobre esses fenômenos humanos.
  2. Pedir que imaginem estar completamente livres e desocupados no momento. Para aproveitar o tempo, evitar o tédio e dar alegria ao próprio coração, deverão escolher cinco das atividades relacionadas a seguir, classificá-las e justificar o porquê da escolha. Pedir, a seguir, que numerem as cinco atividades mais queridas:
    1. Telefonar para a namorada ou namorado.
    2. Fazer ginástica.
    3. Beijar muito.
    4. Visitar uma pessoa doente.
    5. Fazer compras no supermercado.
    6. Sair sem rumo pela praia.
    7. Contemplar a natureza.
    8. Conversar seriamente com seus pais.
    9. Fazer um trabalho atrasado.
    10. Cuidar do jardim.
    11. Ler o jornal.
    12. Lavar roupa suja.
    13. Dar um beijão no seu filho mais velho.
    14. Fazer compras pela Internet.
    15. Estrear um carro sonhado.
    16. Orar muito pela salvação da humanidade.
    17. Escrever um poema.
    18. Escrever uma carta mal-educada para seu inimigo número um.
    19. Assistir a um jogo pela TV.
    20. Ler um bom livro.
    21. Escutar sua música preferida.
    22. Dançar, dançar, dançar.
    23. Arrumar seu quarto.
  3. Pedir que a partir dessas cinco atividades criem um texto, em qualquer estilo lingüístico, sobre seus desejos para os dias de hoje.

Atividade: Colagem de marcas
Objetivos
  • Construir uma obra plástica a partir de embalagens e etiquetas.

Introdução
Ditados populares, como “dize-me com quem andas e te direi quem és”, poderiam bem ser utilizados como ponto de partida para a discussão sobre a presença ou ausência de certas marcas no cotidiano das pessoas. O que leva alguém a adquirir algo? Que importância uma marca desempenha na hora da aquisição? Em que a posse de determinado produto ou marca pode aumentar ou diminuir a auto-estima de alguém? Em que medida o consumidor é responsável pela manutenção, por exemplo, do trabalho escravo, do uso irresponsável da natureza, etc.?

  1. O aluno deverá trazer de casa uma relação das marcas dos eletrodomésticos, eletroeletrônicos, alimentos, vestimentas e produtos de higiene presentes em sua casa, bem como deverá relacionar o produto à razão ou razões que motivaram a sua aquisição (preço, qualidade, marca, costume, publicidade, necessidade, etc.). Deverá também trazer o maior número possível de embalagens e rótulos dos produtos encontrados em casa;
  2. Os alunos apresentarão suas listas e discutirão as razões para a sua aquisição;
  3. As razões serão listadas na lousa segundo categorias (preço, qualidade, etc.) como as apresentadas no item 1, por exemplo;
  4. Ao término da apresentação, a classe será dividida em grupos e com as embalagens, os alunos deverão criar uma colagem que relacione as embalagens a uma das categorias listadas na lousa;
  5. Cada grupo ficará responsável pela pesquisa da empresa/indústria responsável pela fabricação dos produtos utilizados na obra pelo grupo, segundo os pontos discutidos no texto;
  6. Apresentação das obras e dos resultados da pesquisa;
  7. Discussão final do exercício tendo por foco a relação consumo e origem do produto.

Materiais indicados: Cola, tesoura, cartolina, jornal, revistas, etc




O Jogo do Emprego – argumentação
Objetivos
  • Ampliar a capacidade de argumentar em situações difíceis.

Introdução
Argumente e consiga seu emprego!

  1. Ler o texto com os alunos. Pedir que comentem a seguinte frase do texto: "O Brasil revela, no entanto, que essas mudanças não são uniformes. Hoje, convivemos com um trabalho que se aproxima da escravidão, e trabalho extremamente qualificado.
  2. Escreva na lousa a palavra TRABALHO. Cada um dos alunos irá ao quadro e escreverá, em torno da palavra, o sentimento que essa palavra lhe provoca no momento.
  3. Discutir os termos que ficarem na lousa e, se possível, a partir do número de sentimentos expressos, traçar o perfil da sala em relação ao trabalho.
  4. Convide três alunos a se retirarem da sala. Quando já estiverem separados, atribua a cada um deles uma das seguintes personagens em busca de trabalho:
    1. mulher no segundo mês de gravidez;
    2. homem com 55 anos;
    3. jovem em busca do primeiro emprego.
  5. Entregue aos alunos que ficaram na sala uma folha de papel sulfite e um durex. Informe-os que fazem parte do grupo dos "Funcionários Empregados". Atribua a cada um uma das seguintes funções e solicite que escrevam a função atribuída no sulfite:
    1. gerente jovem;
    2. chefe robotizado;
    3. funcionário do marketing;
    4. chefe da promoção;
    5. recém-contratado - filho do presidente;
    6. encarregado do arquivo;
    7. velha secretária com 20 anos de empresa;
    8. responsável pela agenda do gerente geral;
    9. arquivista com problemas familiares;
    10. moça recém-casada, ainda em lua- quasede- mel;
    11. deficiente auditivo;
    12. telefonista.
  6. Informe aos empregados que há duas vagas na empresa. Todos precisam de um funcionário em sua seção e têm poder de decisão. Entrevistarão três pessoas por dia e podem ou não admitir os entrevistados.
  7. Peça a um dos alunos candidatos que entre na sala e observe os empregados (terão as placas na frente). Deverá escolher um deles para negociar a vaga que há naquela seção. Falará de seu curriculum e de suas habilidades e tentará, com todos os argumentos, provar-se capaz para a função. O "empregador" poderá fazer perguntas, mostrar-se indeciso e, por fim, admitir ou não o candidato.
  8. Se não conseguir a vaga, o aluno que procura emprego poderá tentar convencer mais uma pessoa do grupo dos empregados. Se não conseguir, deverá desistir.
  9. Por fim, pedir que cada aluno escreva um texto narrativo, a partir do que viram em sala de aula, para contar "o dia em que meu amigo conquistou (ou perdeu) um bom emprego.

O MUNDO DO TRABALHO: CONTEXTO E SENTIDO
Uma visão sobre o que fez e o que faz o trabalhador brasileiroO que é?
A palavra trabalho deriva do latim tripalium, objeto de três paus aguçados utilizado na agricultura e também como instrumento de tortura. Mas ao trabalho associamos a transformação da natureza em produtos ou serviços, portanto em elementos de cultura. O trabalho é, desse modo, o esforço realizado, e também a capacidade de reflexão, criação e coordenação. Ao longo da história, o trabalho assumiu múltiplas formas. Um importante pensador sobre esse assunto foi Karl Marx. Para esse autor, o trabalho, fruto da relação do homem com a natureza, e do homem com o próprio homem, é o que nos distingue dos animais e move a História. Mas o trabalho no mundo capitalista assumiu uma forma muito específica: o emprego assalariado. Como isso acontece? Quais as conseqüências desse modelo?

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