Hoje, fui colocada para fora da classe. Chorei barbaridade. Mas não chorei pelo castigo. Chorei porque achei que foi uma violência à minha inteligência e à minha incapacidade de resignação. Não consigo aceitar o que acho errado na vida.
Na aula de Geografia, a professora, falava sobre transportes, levou um tempo explicando a navegação e aviação internacionais. Outro tanto de tempo levou para explicar sobre a cidade grande.
Aí eu entrei:
- Professora, quando vamos falar sobre os problemas da região em que moramos? Pequena cidade do Parana, onde a força é a plantação de soja?
Ela, numa atitude de professora sem recursos, mandou que eu calasse a boca.
Levantei-me e perguntei se o fato de eu desejar aprender coisas do mundo em que vivo merecia uma grosseria daquele tipo.
Resultado: pôs-me para fora.
- Responda-me, meu diário (companheiro de tantos anos), agi errado?
Imagine, meu pai e minha mãe estão do lado da professora, por isso estou de castigo.
Será que o ato de aprender é sempre permanecer calado?
(Ana Paola cordeiro)
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