domingo, 25 de maio de 2014

A importância da comunicação


A importância da comunicação em todos os momentos de nossas vidas. Vivemos, aprendemos, ensinamos, interagimos com todos os tipos de informações e pessoas ao longo de nossas vidas. Para isso, nos comunicamos a todo o momento. Seja de maneira formal ou informal.

Na informalidade do lar, entre nossos amigos e amigas, em uma festa, etc. Ou na formalidade de nossos afazeres  profissionais e práticas de escritas, por exemplo.

É muito importante que sejamos claros nas ideias que queremos transmitir ao outro, a quem a informação esteja sendo transmitida. Caso contrário correrá o risco de não sermos compreendidos como queremos.

A apresentação da informação, oral ou verbal, deve ser chamativa. Ou seja, além da coerência, deve ter o objetivo principal em destaque. A não ser que se queira deixar dúvidas a respeito de algo, deixar nas entrelinhas, oculto.

Comunicar-se é uma arte. Faça com dedicação, olho no olho, sem meias palavras.  Enrolação é para o deputado do programa A Praça é Nossa.  

O ideal é que sejamos comunicativos, sorriso fácil, cumprimentamos as pessoas. Valorizar os nossos pares é extremamente importante. “Cara feia” só causa desânimo, além de causar danos à saúde.

Portanto, seja no meio pessoal ou profissional, sejamos parte do ambiente. Interagindo sempre de maneira sincera, honesta e com clareza.  


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O Surgimento das Questões Sociais


1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por finalidade abordar as questões sociais desde o seu surgimento na Europa do século XIX, as mudanças com o passar dos anos e como é atualmente. São muitas as expressões que marcaram as etapas do Serviço Social no mundo e no Brasil.

O mundo capitalista em que vivemos onde o “capital” é o objetivo comum à todos, as pessoas não medem consequências para atingir suas metas.  Ou seja, desde o surgimento, as grandes industrias e seus administradores ficam cada vez mais ricos enquanto quem realmente produz, o trabalhador, esse é desconsiderado. Assim, enquanto as multi-nacionais ficam cada vez mais poderosas, os trabalhadores empobrecem, em todos os sentidos: financeiro, social e culturalmente, por falta de dinheiro e tempo.

2 O SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL
 
A questão social teve início no século XIX, na Europa. A princípio, surgiu para pressionar o Estado a elaborar políticas públicas que atendessem a demanda do povo trabalhador que estava cada vez mais afundado na pobreza generalizada na época. O surgimento da classe burguesa, com a industrialização, e da classe operária, as pessoas que trabalhavam nas indústrias.  

Com a urbanização e industrialização, os trabalhadores abandonavam o campo e mudavam para as cidades, com o intuito de terem melhor qualidade de vida. Porém, com a desestruturação das cidades para receber essas pessoas, falta de moradias adequadas, saúde, entre outros, os trabalhadores se sentiram abandonados pelo Estado. Nesse sentido, começaram os questionamentos sobre os direitos dos trabalhadores.

Na época, o proletariado era obrigado pelos seus empregadores a trabalharem até 16 horas diárias, levando-os ao esgotamento.
 
Outra prática comum era a de empregar mulheres e crianças, por um salário menor que dos homens, para os burqueses terem maior lucro na venda de seus produtos. Isso deixava os homens desempregados, o que fazia muitos se perderem na embriaguez e, as mulheres, na prostituição, por falta de perspectivas.

A miséria era tanta, porém, aos olhos dos patrões, dos burqueses, estava tudo bem. Ninguém investia em melhorias para o povão. Eis o surgimento  das espressões da questão social. Segundo Netto (2001 p.42):
A "expressão  “questão social”, tem um histórico recente, começou a ser utilizada na terceira década do século XIX,  surge para nomear o fenômeno do  pauperismo. A pauperização da população trabalhadora   é  o resultado  do capitalismo industrial  e crescia  da mesma maneira que aumentava a produção”.

3 AS QUESTÕES SOCIAIS NO BRASIL

O Brasil nasce com os trabalhadores escravos. Já desde o início começa escravizando os negros africanos para trabalharem nas lavouras de cana-de-açúcar e nas minas. Começa errado e, de lá para cá, com as tantas mudanças, principalmente nos sistemas de governos, muitas políticas públicas foram implementadas.
Porém, conforme (GARCIA et al)

No século XIX, começa as lutas pelas condições de vida e de trabalho, queinscreve a Questão Social no Brasil e esta passa a ser elemento de movimentossociais. O Estado vai reconhecendo aos poucos que a Questão Social é umarealidade, e que algo pode mudar, mas as diversas manifestações ainda sãoresolvidas pela intervenção da polícia.

No início, o Serviço Social no Brasil tinha caráter assistencialista. Houveram muitas mudanças e, ainda precisa melhorar muitas coisas. Observe o que nos informa a seguir (NETO, 2007):

A assistência social no Brasil constitui, hoje, um campo em transformação. Transita de um período em que o foco de compreensão da assistência social era dado pela benemerência, a filantropia e o assistencialismo com conotação de clientelismo político para a condição de um direito social inscrito no âmbito da seguridade social. Posto desta maneira até podemos imaginar estar ocorrendo uma verdadeira revolução nesse campo. No entanto, entre o momento da inscrição da assistência social na Constituição Federal (1988), como um direito social, e o uso efetivo do direito pelo cidadão, uma profunda mudança política e comportamental deve ocorrer.

No Brasil, assim como em outros países em desenvolvimento, a classe operária tem se desenvolvido, melhorado seus patamares sociais. Ou seja, teve uma melhora acentuada no que diz respeito a qualidade de vida. Porém, apesar das inúmeras políticas públicas voltadas ao trabalhador, ainda falta muito a ser feito efetivamente.

O governo tem se preocupado criando diversas formas de compensação ao trabalhador. Como, por exemplo: a criação de diversas “bolsas: estudos, alimentação, remédios, etc,” para ajudar as classes menos favorecidas economicamente. Além de construções de casas populares para ajudar aqueles que não tem moradia própria e da reforma agrária. Claro que todas essas medidas tem surtido efeito, mas, de forma assistencialista. O que se espera é que as pessoas consigam a autonomia que precisam, por si só. Ou seja, a partir de suas competências. E isso só se consegue quando as pessoas conhecem de fato seus direitos e deveres.

Uma das maneiras de deixar de ser alienado é através do conhecimento, dos saberes adquiridos principalmente através de uma educação de qualidade para todos.

O principal objetivo ainda é o capital. Seja em forma do capitalismo industrial ou da informação.

4 AS MANIFESTAÇÕES POPULARES

A população brasileira atual tem se manifestado nas ruas exigindo que seus direitos sejam respeitados. Há poucos messes vimos diariamente nos meios de comunicação trabalhadores se manifestando no Brasil inteiro. O povo está mais conscientes de seus direitos e, isso é bom. Só não pode deixar ser usado como massa de manobras por ideologias inconsequentes que não trazem nenhum benefício prático a população menos favorecidas. Aqueles que realmente fazem o progresso da nação.

A voz da multidão surte efeito, as mudanças foram atendidas quase em sua totalidade pelo governo, como, por exemplo: a diminuição dos preços das passagens dos coletivos e a reestruturação dos Postos de Saúde com a vinda de muitos médicos estrangeiros ao Brasil para suprir a demanda desses profissionais. Principalmente nas regiões mais pobres, que sofrem mais com a falta de bons especialistas.   

5 CONCLUSÃO

As questões sociais devem ser vistas como necessidades a serem corrigidas tanto pelo Estado, ONGs, ou pelo mercado de trabalho. Ou seja, o Estado não pode se omitir de suas obrigações tentando terceirizar os serviços essenciais ao trabalhador. Deixando muitas vezes nas mãos de organizações do terceiro setor.

Claro que há muitas Organizações não Governamentais que fazem  excelentes serviços voltados à comunidade. Porém, Estado e Mercado de trabalho devem estar mais presente no trato com os trabalhadores, em todos os sentidos.
5 REFERÊNCIAS

AGUIAR, Carlos Alberto Monteiro de.  Assistência Social no Brasil: a mudança do modelo de gestão. Disponível em: http://www.fundap.sp.gov.br/publicacoes/TextosTecnicos/textec3.htm. Acesso em: 09/10/2013.

GARCIA, Lívia Oliveira; RAMOS, Vanessa Martins; BONADIO, Valdares Maria Romera. A questão social. Disponível em: http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/938/909. Acesso em: 09/10/2013.

NETO, J. P. Cinco  Notas a Propósito da “Questão Social “. In: Revista  Temoralis  nº 3. ABEPSS, 2003.

Relatório de Estágio em Coordenação Escolar


1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste documento é relatar o Estágio em Orientação e Supervisão Escolar  realizado na escola Celso Müller do Amaral, localizada à rua: Ponta Porã nº 6823, jardim Maracanã. A escola situa-se na região Leste da cidade no sentido centro/bairro. O colégio recebeu esse nome em homenagem ao cidadão e professor Celso Müller do Amaral que prestara serviços relevantes à sociedade douradense.
A escola C. M. A. foi criada através do Decreto – 10.039, publicado no Diário Oficial nº. 53537. Início da construção em 28/11/98 e conclusão em setembro de 2000. A primeira autorização de funcionamento foi obtida por meio da Resolução SED nº 1.485/01 de 10/03/2001, publicada no D.O nº 5.471 de 20/03/2001.
O Ensino Fundamental e o Ensino Médio foram autorizados pela Resolução/SED nº 1485/01, de 19 de março de 2001. Os cursos de Educação de Jovens e Adultos, nas etapas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio foi autorizado pela Resolução SED nº 1.682 de 19 de dezembro de 2003.
A instituição funciona em consonância com a Constituição Federal artigos: 205, 206, 208, 210, e 211, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394 de 26/12/96, Estatuto da Criança e do Adolescente.
Obedece a regulamentação da Secretaria de Estado de Educação através do:                                 
- Decreto 12.500 de 24/01/08 que dispõe sobre a Estrutura das Unidades Escolares da Rede Estadual de Ensino.
- Resolução/SED nº 2071/06 que regulamenta o funcionamento da Educação Básica.
- Resolução/SED nº 2146 de 16/01/08 que regulamenta a Organização Curricular e o regime escolar do Ensino Fundamental e do Ensino Médio nas escolas estaduais.
- Resolução/SED nº 2055/06 que regulamenta o Ensino Fundamental de 09 anos e matrícula obrigatória aos 06 anos de idade.
- Deliberação CEE/MS nº 6220/01 que dispõe sobre a implantação do curso de Educação de Jovens e Adultos, no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul.
- Deliberação CEE/MS nº 6363/01 que dispõe sobre o funcionamento da Educação Básica no Sistema de Ensino de Mato Grosso do Sul.
- Deliberação CEE/MS nº 7000/03, que estabelece normas para equivalência de Estudos e Reavaliação do Diploma ou Certificados de Cursos realizados em pais estrangeiros.
- Deliberação CEE/MS nº 7828/05, que dispõe sobre a Educação Escolar de alunos com necessidades educacionais especiais no Sistema Estadual de Ensino.
  Fui recebido na escola pelos professores:
ü  Diretor: Fábio Augusto Moreno Múrcia, graduado em Educação Física.
ü  Diretora adjunta: Ivanilde Aparecida Taquette, graduada em Letras e especialista em Gestão Escolar.
ü  Coordenadora: Elenice dos Santos Gonsalves, pedagoga. (Ensino Fundamental)
ü  Coordenadora: Gislene Tardivo Scaliante, graduada em geografia e pedagogia. (Ensino Médio).
O estágio em Orientação e Coordenação Escolar me deu a oportunidade de vivenciar o dia a dia desses profissionais da Educação, como resolver determinados problemas considerados normais em uma escola. Pequenos conflitos entre alunos; reclamações de professores (as) pela falta de algum material; e a bagunça de alunos nos corredores da escola nos intervalos de troca de professores.
Porém, será que a escola atual está obedecendo o que determina a as leis brasileiras que regulamentam a educação no país? É o que veremos a seguir.
Com certeza foi uma grande experiência que levarei em minha bagagem profissional. Segundo Buss, 2008, p. 33. “Os gestores escolares são agentes do processo educativo escolar, com a função básica de coordenação sociopolítica da escola.”  É com esse olhar que vamos adentrar os portões da Escola Celso Müller do Amaral.
A Escola Celso Müller do Amaral está localizada em uma região com pessoas da classe social menos favorecida financeiramente. O colégio conta com 12 salas de aula, com 56 m² cada; consultório médico/odontológico; sala de tecnologia- 12 computadores com internet; cantina; cozinha, onde é feito a merenda dos alunos. O que deixa a desejar é a irrisória quantia de R$-0,22 centavos, que a escola recebe para a alimentação diária de cada estudante. Com 2.800 m² de área coberta, ainda comporta uma sala de cinema- com televisor, DVD, retroprojetor. Há também uma biblioteca com amplo acervo bibliográfico, onde os alunos fazem suas pesquisas e, quando necessário, tomam livros emprestados para lerem em casa.
E, naturalmente, no setor administrativo ficam as salas do diretor; coordenação; secretaria; sala dos professores; amplo saguão, onde os alunos ficam em fila, e os (as) professores (as) os conduzem através de dois lances de escadarias, até o piso superior, local das salas de aulas. Para alunos cadeirantes há um elevador. Construída em um terreno de 10.000 m², onde há uma quadra de esportes coberta; campo de futebol de areia, e espaço para uma bela horta.
A escola tem um diretor titular, e um adjunto; Que são escolhidos a cada dois anos através de eleição: quando professores, alunos e pais de alunos, votam nos candidatos. Os candidatos, geralmente são professores da própria escola. Mas, pode ser professor de outra escola desde que, concursado no estado. Além disso, os candidatos a diretores de escola fazem uma prova na Secretaria de Educação, na Capital do Estado. Para comprovar os conhecimentos administrativos. Se não atingir a média, na prova, não pode ser candidato.
O objetivo da escola Celso Müller do Amaral é proporcionar ao aluno uma educação de qualidade pautada na valorização do conhecimento, levando o aluno a aprender os conhecimentos já consagrados pela humanidade, a construir novos e, ainda, bem conviver com os outros e com o meio ambiente. Para isso, além dos materiais didáticos-pedagógicos, dispõe dos seguintes profissionais:                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   
1 – Diretor;
1 – Diretor adjunto;
3 – Coordenador pedagógicos;
1 – Professor coordenador;
60 – Professores;
4 – Intérpretes de LIBRAS;
3 – Pedagogos atendem na sala de tecnologia;
1 – Pedagogo atende os alunos que necessitam de aula de reforço no contraturno, que também atua como coordenador da EJA;
1 – Pedagoga com especialização em Educação Especial atende ,na sala de recursos, os alunos com necessidades especiais.
2 – Bibliotecária;
1 – Secretária;
4 – Assistentes de atividades educacionais;
3 – Agentes de inspeção de alunos;
1 – Supervisor de gestão escolar;
1 – Agente de recepção de portaria;
1 – Auxiliar de serviços diversos;
2 – Agentes merendeiras;
6 – Agentes de limpeza.
Do corpo docente: 70% tem pós-graduação; 3 fizeram Mestrado e um Doutorado. Atualmente, a escola conta com 1326 alunos matriculados, nos três períodos de funcionamento. Sendo que: no período matutino, atende alunos das séries finai do Ensino Fundamental e do Ensino Médio; no período vespertino, atende alunos matriculados do 1º ao 9º ano; e, no período noturno, Ensino Médio e a EJA – Educação de Jovens e Adultos, equivalentes ao Ensino Fundamental e Médio.
Divisão do número de alunos: Ensino Fundamental: 1º ao 5º ano – 128 alunos; Ensino Fundamental 6º ao 9º ano – 472; Ensino Médio: 1º ao 3º -  175 alunos. EJA, Educação de jovens e Adultos: Ensino Fundamental: 3ª e 4ª fase – 187; Ensino Médio: 1ª e 2ª fase – 364 alunos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A escola envolve diferentes segmentos de sujeitos que fazem a sua história, tecendo seu projeto educativo.
Nesse contexto, está o Serviço de Supervisão Escolar, como parte da Coordenação Pedagógica da Escola que, juntamente com a Orientação Educacional, organiza, orienta e assessora o Corpo Docente a fim de que planeje a ação pedagógica a ser desenvolvida com os alunos e alunas na busca da construção das condições para que aconteça o processo de ensinar e aprender com qualidade.
Planejar significa pensar o antes, o durante e o depois, no sentido de melhorar o fazer pedagógico. É nessa significação que deve atuar a Supervisão Escolar na Escola.
Organizar reuniões de estudos, em que se aprofundam teorias que dão luz às práticas desenvolvidas é uma tarefa da supervisão. Para tanto, é necessário, também, estudar muito, ler e, principalmente, fazer a leitura do cotidiano das práticas, diálogos e apelos dos professores e professoras.
Acompanhar o (a) professor (a) no seu planejamento, desde os projetos de ação junto às suas turmas até suas aulas, faz parte do trabalho do supervisor como um apoio, indicando caminhos para a ação-reflexão-ação do professor, da professora.
É da prática do supervisor escolar, na Escola, criar espaços de fala para o (a) professor (a), para que possa pensar sua ação pedagógica, na perspectiva de buscar sempre melhores condições de aprendizagem para todos os alunos e alunas.
   O Serviço de Supervisão Escolar tem como parâmetro para sua ação, o seu Plano de Ação, por isso esse é o seu foco de atuação, desde a elaboração, retomada, aplicação, execução e avaliação, primando pelo envolvimento e participação de todos os envolvidos na Escola.
  É de grande importância o envolvimento da supervisão nos Conselhos de Classe, nas Reuniões de Pais e na articulação da Equipe Diretiva no que diz respeito às questões pedagógicas.
  Tem, pois, a supervisão Escolar, no contexto da Escola, o compromisso de fazer acontecer a integração entre diferentes segmentos e setores, assessorando o trabalho para a efetivação do Projeto Político Pedagógico da Escola.
Segundo Wolff, autora do Caderno de Estudos da disciplina Supervisão Pedagógica:
 Na escola, a supervisão exerce a coordenação do trabalho pedagógico, articulando, acompanhando e orientando as atividades educativas integrantes da equipe escolar. Atua no processo ensino-aprendizagem escolar específico e também na rede escolar, articulada a um sistema de ensino. Ambas as formas de supervisão voltam-se para as finalidades da educação nacional. Não há antagonismo, mas complementaridade. (WOLFF, 2007, p.85).
Para Losso, autora do Caderno de Estudos da disciplina de Orientação Educacional, é função do Orientador Educacional: “Coordenar, junto aos demais agentes educativos, professores, supervisores e coordenadores pedagógicos, o processo de identificação e análise das causas e acompanhamento dos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem.” E, também, segundo (LOSSO, 2008, p. 49): “Coordenar o processo de Orientação Vocacional visando uma formação durante toda a vida escolar do educando.”
Portanto, é com esses objetivos, com essa fundamentação, que vamos questionar os profissionais do C. M. A – Colégio Celso Müller do  Amaral. Só assim, saberemos se a escola faz o que determina a Lei e as teorias da educação para a Gestão, Orientação e Supervisão Escolar.
 3 ROTEIRO DAS ENTREVISTAS
A entrevista foi direcionada para que, como pesquisador, pudesse compreender como o gestor escolar vê o processo de ensino/aprendizagem. Nesse sentido, fiz os questionamentos à professora Elenice dos Santos Gonsalves, Coordenadora Pedagógica.
- (Rouberval) Para compreendermos o Sistema de Ensino, precisamos saber quem são os agentes envolvidos em tal sistema e como interagem entre si. Nesse sentido, o que é a escola, seu papel?
- (Elenice) Cumpre a escola contribuir para a democratização da SOCIEDADE, proporcionando a formação cultural e científica de todas as pessoas como forma de emancipação, ou seja, o seu papel é a transmissão/assimilação ativa/reavaliação crítica dos conhecimentos (saber sistematizado).
- Qual é a concepção de homem/sociedade/educação?
- O homem é um ser humano dotado da capacidade de pensar e organizar seus pensamentos em função de um ideal a ser atingido. A sociedade é um grupo social ao qual o homem está inserido. Um conjunto de pessoas que vivem em certa faixa de tempo e de espaço, seguindo normas comuns e que são unidas pelo sentimento de consciência do grupo: corpo social. A Educação é a atividade mediadora da prática social, ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do professor e por sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada (sincrética) a uma visão mais organizada e unificada (síntese).
- Nesse sentido, qual o papel do professor na transmissão, mediação do conhecimento, como o professor deve agir?
- Conhecimentos são operações pelas quais a mente procede à análise de um objeto, de uma realidade de modo a definir sua natureza. Dessa forma, a aprendizagem é o desenvolvimento da capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do ambiente. Assim, o professor age como mediador, ajudando o aluno a concretizar um desenvolvimento que não atinge sozinho, sendo condutor do processo de ensino e de aprendizagem, realizando intervenções pedagógicas que fazem com que os conceitos espontâneos desenvolvidos pelos alunos na convivência social, evoluam para o nível dos conceitos científicos. Dessa forma, o trabalho docente consiste numa atividade mediadora entre o individual e o social, entre aluno e a cultura social e historicamente acumulada, sendo aquele um ser concreto e histórico, síntese de múltiplas determinações, produtos das condições sociais e culturais.
- Qual a sua Filosofia educacional, como a professora pensa a Educação?
- Proporciona ao aluno uma educação de qualidade pautada na valorização do conhecimento, levando-o a aprender os já consagrados pela humanidade, a construir novos e, ainda, bem conviver uns com os outros e com o meio ambiente.
- Qual a diferença entre Orientador Educacional e Coordenador Pedagógico?
-   Antes tido como o responsável por encaminhar os estudantes considerados "problema" a psicólogos, o orientador educacional ganhou uma nova função, perdeu o antigo e pejorativo rótulo de delegado e hoje trabalha para intermediar os conflitos escolares e ajudar os professores a lidar com alunos com dificuldade de aprendizagem. Regulamentado por decreto federal, o cargo é desempenhado por um pedagogo especializado (nas redes públicas, sua presença é obrigatória de acordo com leis municipais e estaduais). Enquanto o coordenador pedagógico garante o cumprimento do planejamento e dá suporte formativo aos educadores, ele faz a ponte entre estudantes, docentes e pais.

Para ter sucesso, precisa construir uma relação de confiança que permita administrar os diferentes pontos de vista, ter a habilidade de negociar e prever ações. Do contrário, passa a se dedicar aos incêndios diários. "Garantir a integração dos atores educacionais e avaliar o processo evita a dispersão", explica Sônia Aidar, titular do posto na Escola Projeto Vida, em São Paulo.

É também seu papel manter reuniões semanais com as classes para mapear problemas, dar suporte a crianças com questões de relacionamento e estabelecer uma parceria com as famílias, quando há a desconfiança de que a dificuldade esteja em casa. "Antes, o cargo tinha mais um enfoque clínico. A rotina era ser o responsável por encaminhar alunos a especialistas, como médicos, fonoaudiólogos etc.", explica Sônia.
- O que o Coordenador Pedagógico faz na escola?
- Ele faz a transposição da teoria para a prática escolar e é o maior responsável pela formação dos docentes




Ajudar a elaborar e aplicar o projeto da escola, dar orientação em questões pedagógicas e, principalmente, atuar na formação contínua dos professores. Essas são as funções do coordenador pedagógico (também conhecido em algumas regiões do país como supervisor ou orientador), um especialista em refletir sobre o trabalho em sala de aula. "Seu papel é estudar e usar as teorias para fundamentar o fazer e o pensar dos docentes", afirma Fátima Camargo, coordenadora e professora do Espaço Pedagógico, em São Paulo.
Assim, é necessário que ele antecipe conhecimentos para o grupo. Para isso é preciso ler muito, não só sobre conteúdos específicos, mas também livros de literatura, jornais e revistas. Um bom coordenador é também um apreciador das diferentes manifestações culturais. Visita regularmente museus e exposições e vai ao cinema e ao teatro.

Rosa Maria Farias, coordenadora pedagógica do Colégio Apoio, no Recife, prioriza a formação docente. Duas vezes por mês, durante o horário escolar, ela reúne seu grupo para um atendimento coletivo. Além disso, marca encontros individuais a cada 15 dias. E uma vez por mês, à noite, Rosa participa de um grupo de estudos, para trocar experiências, planejar e tomar decisões.

Em muitas escolas, cabe a esse profissional fazer ainda o atendimento aos pais e ajudar a resolver problemas de disciplina dos estudantes. Por tudo isso, o coordenador pedagógico só vai desempenhar bem seu ofício se for um líder e tiver apoio da direção em suas ações e reivindicações, como infra-estrutura de trabalho e tempo de estudo para todos os professores.




O que ele faz

Ajuda a elaborar a proposta pedagógica da escola e garante que ela seja posta em prática.
Orienta pedagogicamente pais e responsáveis, alunos, educadores e demais funcionários da instituição.
Responde pela formação dos docentes.

4 ANÁLISE DA ENTREVISTA EM RELAÇÃO AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5 DESCRIÇÃO DA ROTINA DO DIRETOR E DEMAIS GESTORES DA ESCOLA
 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A história humana, caldeirão efervescente onde as mudanças nunca cessam, sempre nos reserva surpresas. A cada momento, verdades que pareciam definitivamente fincadas em solo firme se esboroam diante dos fatos. (KLEIM, 1996. Apud LOSSO, 2008, p.3.).
   Educação escolar e sociedade... A educação escolar reflete a sociedade que temos ou queremos. A escola forma os cidadãos que interagirão com os outros, podendo fazer um mundo melhor ou não. Por isso a importância de nossas escolas estarem sempre se renovando para não ficarem na teia do atrasamento.
Novos tempos novos olhares à Educação. O gestor democrático é elemento fundamental na construção da cidadania dos alunos da instituição a qual é responsável.
  Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela educação. Assim como a ética, a cidadania é hoje questão fundamental na educação, na família, no trabalho e em outras instituições, como aperfeiçoamento de um modo de vida mais humano e digno entre as pessoas. Não é apenas o desenvolvimento científico e tecnológico que tornará a vida das pessoas melhor, mas as relações que se estabelece entre elas. Uma boa ou razoável convivência na comunidade não depende apenas da quantidade de bens materiais que possuo, mas pela forma como me relaciono com os outros, pelo respeito que eu tenho pelos demais. (SIEGEL, 2005, p. 51)
Quero deixar claro que o estágio em Gestão Escolar foi de grande aprendizagem. Foi me dada a oportunidade de interagir diretamente com os gestores escolares. E isso, foi gratificante. Além disso, por ter feito quatro estágios na referida escola, já estava habituado aos educadores (as) e a rotina da instituição de ensino. E, isso, me deixou tranqüilo ao fazer o estágio.
Meus agradecimentos à professora Marlene Coelho Chamorro, monitora da Uniasselvi em Dourados, que nos deu total apoio e direcionamento para que pudéssemos desenvolver novos conhecimentos e pô-los em prática.
7 REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20/12/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. São Paulo: Editora do Brasil S/A.
BUSS, Rosinete Bloemer Pickier. Gestão Escolar. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Ed. ASSELVI, 2008.
LOSSO, Adriana Regina Sanceverino. Orientação Educacional. Centro Universitário Leonardo da Vinci. – Indaial: ASSELVI, 2008.
LÜCK, Heloisa. Gestão Educacional – uma questão paradigmática. Petrópolis: Vozes, 2006.
SIEGEL, Norberto. Fundamentos da Educação: Temas Transversais e Ética. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Ed. ASSELVI, 2005.